Tarot

A origem do Tarot



As cartas do Tarot aparentemente tem estado presente na Europa desde o final do século XIV. Não se pode afirmar uma origem precisa. Egípcios, indianos, chineses, hebreus e outros povos teriam concebido as cartas, também chamadas de arcanos (mistérios). O erudito Court de Gébelin, que iniciou seus estudos nas estranhas pinturas da arte da advinhação no século XVIII, concluiu que, como ele as viu nas mãos de ciganos, elas deveriam ter sido trazidas para a Europa do Oriente. O surgimento das cartas de fato coincide com a época da imigração dos nômades, os ciganos chegaram na Europa Central por volta de 1400. A versão mais aceita do surgimento de um baralho semelhante ao que conhecemos hoje aponta para o século XIV na Europa, sendo que o Tarot de Marselha, o mais conhecido e popular, data do século XV. 

Tendo Court de Gébelin se interessado pelo oráculo, dedicou-lhe anos de pesquisa e publicou uma obra em nove volumes em que, entre outras coisas, afirma ser o tarot originário do Egito Antigo, sendo uma versão com algumas alterações do Livro de Thoth, cuja autoria é atribuída a Hermes Trimegistro. Para Court de Gébelin a palavra Tarot significava "caminho real da vida" - tar (caminho, estrada) e ro (rei, real).

Um de seus mais famosos seguidores foi Etteilla, ora descrito como peruqueiro ora como professor de álgebra. Baseando-se na teoria dos números de Pitágoras, escreveu vários livros e fez um baralho adaptado a seu próprio sistema. Fez fama e fortuna durante a Revolução Francesa.

Já no século XIX, temos Éliphas Lévi, filósofo e escritor de grande cultura, que encontrou no Tarot uma síntese da ciência e a chave universal da Cabala. Para ele, as cartas do Tarot eram um alfabeto sagrado e oculto, atribuído pelos hebreus a Enoch, primogênito de Caim; pelos egípcios, a Hermes Trimegistro; e pelos gregos, a Cadmus, fundador de Tebas.

Gerard Encausse, médico francês fundador da Ordem dos Martinistas e membro da Ordem Rosacruz, também relacionou o Tarot ao alfabeto hebraico e à Cabala. Mais conhecido por seu nome ocultista, Papus, escreveu livros e criou um baralho conhecido como Tarot dos Boêmios.

O inglês Arthur Edward Waite, grande pesquisador do ocultismo e membro da Ordem Golden Dawn, escreveu vários livros e desenvolveu, com Miss Pamela Colman Smith, um baralho conhecido como Rider. Acreditava que o Tarot incorpora representações simbólicas das ideias universais e que a doutrina existiu desde sempre na consciência de uma minoria.

Oswald Wirth, maçom e membro da Sociedade Teosófica, escreveu livros importantes sobre o Tarot e Astrologia, e desenvolveu um baralho fiel às imagens e à simplicidade do Tarot de Marselha, mas com traços pessoais. Paul Foster Case desenvolveu um baralho com desenhos similares ao de Waite, mas em preto e branco, permitindo que cada um lhe dê o colorido que quiser. Assim também é o baralho usado por C.C.Zain, rico em simbolismo egípcio, mas desvinculado dos símbolos tradicionais do Tarot.

Aleister Crowley voltou-se para a integração do simbolismo esotérico de diferentes tradições da sabedoria antiga. O baralho que criou, juntamente com a artista Frida Harris, é rico em simbolismo e o que mais difere dos tradicionais.

A linguagem simbólica do Tarot foi mantida e difundida pela tradição oral - mesmo se usado como diversão nos salões elegantes ou como instrumento de adivinhação nas feiras populares. Seu significado mais profundo de busca do autoconhecimento não se perdeu, ao contrário, manteve-se vivo através dos iniciados, os que buscam a sabedoria.


A origem do Tarot (outra versão)

As origens do tarot são incertas. O nome deriva de um jogo de cartas italiano do século XIV, tarocchi, ou pode ser também um anagrama de rota, que é a palavra em Latin para "roda", sugerindo assim a Roda da Fortuna. Tar é também a palavra cigana para "baralho de cartas".

Algumas lendas sugerem que o Tarot foi inventado por Thoth, o deus egípcio do aprendizado e sabedoria. Alega-se que uma das formas de iniciação dos padres egípcios era o de interpretar as cartas do Tarot. Sugeriu-se também que as cartas circulavam secretamente como forma de perpetuar o conhecimento dos antigos, depois que a grande Biblioteca de Alexandria foi queimada. Ainda há outra teoria que relaciona o Tarot aos ensinamentos cabalísticos dos antigos Hebreus. Alguns dizem que Moisés era um grande iniciado nos mistérios do Tarot, o que pode ser possível, já que ele foi criado pela Família Real Egípcia antes de liderar os Hebreus para o fim da escravidão. 

O Tarot possui um lugar definitivo na história ao longo dos séculos. Tem sido assunto para prescrições legais pelo governo, como por exemplo, o de Eduardo IV, da Inglaterra. As cartas foram lidas para distrair a nobreza francesa, incluindo Charles VI. Dizem que a falha em consultar o Tarot de Josefina foi o primeiro erro que Napoleão fez no dia da Batalha de Waterloo.





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