Os benefícios que saltam aos olhos logo ao iniciar uma rotina de prática são: tônus muscular, flexibilidade, mais disposição física, diminuição da ansiedade e do stress, mais equilíbrio, qualidade de sono dentre outros....e tem muito mais além do que o corpo percebe. Falarei com mais detalhes num próximo post.
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| Ajustes durante uma aula
Por que yoga para crianças?
Feche os olhos e lembre-se da sua infância....provavelmente você subia em árvores, brincava na rua e não ficava tanto tempo trancafiado dentro de casa diante da televisão ou do video game. A tecnologia ainda estava engatinhando, você pode crescer de forma saudável e sem tanta pressão de ter que estar preparado para o futuro.
As coisas mudaram bastante. Por conta da segurança brincar na rua só em cidades pequenas e do interior; a tecnologia é um mistério super fácil de ser desvendado pelas crianças, que na maioria das vezes tem tantas atividades quanto um adulto, não sobrando mais tempo para brincar, simples assim.
A proposta de oferecer uma prática de yoga voltada ao público infantil e adolescente visa devolver a eles esse momento lúdico, de poder brincar e se conhecer através do corpo e da respiração, de poder gargalhar, relaxar e experimentar um estado mais tranquilo e observador.
 A criança ganha em atenção, confiança, concentração, habilidade motora e alinhamento postural. Aprende valores universais e dá um passo na direção a uma vida mais consciente.
O que uma filosofia e um esporte poderiam ter em comum?
Se formos investigarmos mais a fundo, chegaremos a várias similaridades, até a uma incrível união.
Tanto para a prática de yoga quanto para a corrida é necessário ter disciplina, força de vontade e perseverança. Os resultados não surgem da noite para o dia. Além disso, usando uma roupa confortável, e munido de um tapetinho (yoga), e de um par de tênis (corrida) você já pode começar. Cabe aqui pontuar, hoje em dia há vários tipos de opções tanto para vestuário quanto para calçados. No quesito tênis, existem modelos diferentes para os três possíveis tipos de passadas: neutra, supinada e pronada. Em qualquer loja especializada consegue-se informação sobre como e aonde fazer o teste.
A primeira semelhança é a respiração. É ela que vai dizer com que ritmo que sua prática e sua corrida acontecerão. No yoga respiramos apenas pelas narinas, na corrida inspiramos pelo nariz e exalamos pela boca. Porém nada impede que, se o corredor for um praticante de yoga, ele experimente a respiração nasal também na corrida, com eventuais exaladas pela boca caso precise manter a temperatura do corpo equilibrada, ou às vezes, impor outro ritmo à corrida.
O conceito ético da não violência, ahimsa em sânscrito, é base de toda prática de yoga, assim como deveria ser para a nossa vida e para a corrida também. Respeitar seus limites, e ter consciência dos mesmos. Mas como assim praticar ahimsa na corrida? Na ansiedade de buscar tempos mais rápidos ou resultados impressionantes, corremos o risco de ignorar os sinais que o corpo nos envia, e que se não estivermos atentos, “presentes no momento presente”, isso passa despercebido e você pode sofrer uma lesão; da mesma forma enquanto praticamos, se por dois segundos nossa mente “voa” para longe do tapetinho...um estrago acontece, vai de um simples desequilíbrio, um mal jeito ou uma queda.
Como assim, estar presente no momento presente na corrida? Prestar atenção na forma que seu pé toca o chão, calcanhar primeiro ou ponta do pé? Perceber se os músculos das coxas estão de fato transferindo a potência e fazendo com que sua corrida seja econômica; a forma que as articulações, em especial tornozelos e joelhos, recebem este impacto todo que vem de baixo; e a sua coluna vertebral, o tronco se encontra na posição correta? Você consegue escutar, sentir o seu coração batendo e evitar que ele saia pela boca? Essas são algumas das várias ponderações que o yoga traz ao corredor praticante, sem contar os desafios que são enfrentados e superados no tapetinho e cuja experiência você leva para a corrida. E vale dizer, para a vida também, já que a corrida para muitas pessoas significa a superação de si mesmo. E qual corredor nunca comparou a corrida a uma meditação?!
Uma das razões por trás da sua prática de yoga pode ser justamente o autoconhecimento. Como defini-lo de fato?
Extraí do livro "Terapia de Vidas Passadas", da Dra. Célia Resende, uma definição que gostei bastante.
"É importante exercitar o autoconhecimento para deixar de ser um barco à deriva agindo e raciocinando influenciado pela onda de pensamentos gerada pela maioria e que envolve a todos que não estejam com as ideias e a vontade firmes.
Eu penso ou sou pensado?
Esta pergunta deveria ser feita sempre pelas pessoas, pois na maior parte do tempo estamos sendo influenciados por valores externos da sociedade distantes da nossa vontade real.
A maior dificuldade para se atingir o autoconhecimento é quando não reconhecemos nossos próprios impedimentos ao bem-estar e à felicidade. Isso se deve ao alto grau de apego e de dependência aos vícios que servem para escondermos nossos pontos fracos, que precisamos reconhecer para superá-los. (...)Para isso, deve-se desenvolver uma atenção constante, sem confundi-la com tensão, e observar os pensamentos, sentimentos e atitudes, conceitos e preconceitos que permitirão uma reforma na nossa personalidade."
Yoga para todos
Muita gente se pergunta se a prática de yoga "serve" para elas. Algumas se acham pouco flexíveis, outras dizem que é "calma e devagar demais"...impecilhos à parte, não existe nada que possa impedir uma pessoa de praticar.
Acima de tudo todos nós possuímos corpos que se diferenciam anatomicamente. Rotinas e ritmos diferentes. Nem todas as pessoas são voltados para o físico, muitas delas preferem os livros. Até aqui nada de errado nem anormal.
Porém algumas limitações podem surgir decorrentes do estilo de vida que se leva ou de um sintoma crítico num determinado momento, como por exemplo uma alimentação desequilibrada que faz com que se ganhe um peso exagerado, ou problemas emocionais que deflagram um desajuste hormonal ou ainda uma bagunça no relógio biológico da pessoa, fazendo com que a mesma sofra de insônia ou alterações de humor. E algumas vezes os acidentes, onde a busca por uma prática de yoga pode ter sido terapêutica! São várias possibilidades...
Só se descobre se "yoga é para todos" praticando. "Ah, mas existem linhas diferentes". Sim, uma prática de Ashtanga Vinyasa é o oposto de uma prática de Iyengar, e por aí vai. Vale experimentar todas até encontrar uma que funcione para você. Há espaços que oferecem uma variedade de estilos e em outros apenas Hatha Yoga. Lembre-se que todas as linhas têm como base a Hatha Yoga, ou para alguns a Yoga clássica. Outro fator determinante é a empatia com quem conduz a prática, este é um detalhe que pode fazer toda a dferença!
Fundamental nessa busca é respeitar os limites que seu corpo pode lhe impor. Se sentiu dor, avalie se é aquela dor de se exercitar e colocar o corpo em movimento, ou se é aquela dor de ter ido além do que se podia. Manter a consciência na respiração o tempo todo. A respiração te guiará e fará com que entenda o significado da expressão que mais se escuta: "foque no momento presente". Nem pensar no que fez há um minuto atrás nem do que ainda está por vir.
E observar-se ao longo desta descoberta, ou deste reencontro. Parabenizar-se por reservar um tempo para que você esteja apenas com você mesmo. E agradecer pela dádiva da vida!
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